O home office se mostrou rentável e produtivo, mas exige cuidados para evitar o adoecimento de profissionais
A possibilidade de trabalhar de casa se tornou realidade para milhões de brasileiros após o surgimento da pandemia da Covid-19. Pesquisadores estimam que 11% da população ocupada exerceu suas atividades no home office, entre maio e novembro de 2020.
Esse estudo foi realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Dessa forma, contrariando expectativas negativas, o home office se mostrou vantajoso para quem empreende e também para quem é empregado.
Adesão ao home office
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou que, ao final do primeiro ano da pandemia, o home office apresentou percentuais de contribuição semelhantes aos dos trabalhadores do setor público e da indústria.
Por ser uma modalidade eficiente, se expandiu o número de empresas que aderiram ao modelo remoto ou modelo híbrido. A 18ª edição do Índice de Confiança Robert Half defendeu que a tendência para 2022 era de 48% das empresas apostarem no hibridismo.
Diante da nova cultura produtiva, os profissionais que trabalham em home office precisam se proteger contra adoecimentos laborais, sejam esses dores e lesões na coluna ou até mesmo adoecimentos relacionados à saúde mental.
Circunstâncias de trabalho no home office
Atividade remota não combina com escritório improvisado. Isso porque a falta de organização pode comprometer a saúde do profissional e a qualidade do serviço. Por isso, o ambiente deve ser bem pensado para preservar o bem-estar do trabalhador.
A Fundação Getúlio Vargas realizou uma pesquisa, em que a maioria dos trabalhadores relatou distúrbios, sendo 56% relacionados a dores nas costas e 54,8% a problemas com sono.
Parte desses sintomas se relaciona com a ausência de equipamentos adequados e uma rotina saudável. A Medida Provisória 1.108/22, surgiu para regulamentar o trabalho remoto no Brasil, e dispõe do custeio de serviços de infraestrutura e regime de comodato.
Ou seja, o empregado agora pode exercer o home office com dispositivos adequados, seja um tablet, um notebook Ryzen 5 ou outro dispositivo eletrônico. É apenas importante que tais dispositivos sejam de qualidade, para que se evite estresses.
Saúde mental
Apesar do trabalho ser feito em casa, esse não pode ser o único propósito do ambiente familiar. Por essa razão, é indispensável que o trabalhador crie uma rotina que funcione dentro do horário comercial, sem colidir com os afazeres domésticos, de descanso e lazer.
Com isso, conseguirá diminuir os sintomas mentais e emocionais relacionados ao ambiente profissional. Realizar pausas de tela e luz branca a cada 20 minutos é um bom exemplo de conduta que contribui para evitar a fadiga e ainda danos à visão.
Estilo de vida
Independentemente da modalidade do serviço, manter um estilo de vida que equilibre boa alimentação, atividade física e lazer é fundamental para um trabalhador produtivo e saudável.
No home office, como não existe o deslocamento e encontro com outras pessoas no trajeto ou no escritório para confraternizar, o recomendado é que se abra espaços para momentos de autocuidado.
Uma caminhada no parque, por exemplo, concentra importantes funções em uma única atividade: exercício físico, contato com a natureza e com outros indivíduos. Mas também vale a pena reunir amigos em um happy hour.
Tudo isso é essencial para manter uma rotina que beneficie os âmbitos profissional, mental, emocional, físico e social em harmonia. Se tudo isso não está em dia, é impossível desenvolver um bom trabalho e ser de fato produtivo dentro da empresa.
Para que a produtividade seja alcançada, bem como a perspectiva de uma vida saudável, o trabalhador e seu empregador devem considerar os pontos que podem tornar o home office um bom e adequado ambiente de trabalho.
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