De acordo com o Sebrae, setor movimenta R$16 bilhões ao ano e apresenta índice de crescimento contínuo
Ativas nas redes sociais, as crianças estão por dentro das novidades e costumam ter opinião sobre diferentes assuntos. Apesar da pouca idade, são consumidoras assíduos e podem movimentar bastante a economia brasileira.
Segundo dados divulgados pelo Sebrae, o mercado infantil arrecada R$ 16 bilhões e cresce 14% anualmente no Brasil. Quando o assunto é produtos e serviços, as crianças movimentam um valor ainda maior — na faixa de R$50 bilhões anuais, com tendência de crescimento constante nos próximos anos.
O segmento infantil também foi pauta na 33ª edição da Feira Ópera, em 2021. A palestra “O mercado infantil é coisa de gente grande” abordou o crescimento do setor e reforçou a importância de marcas que produzem conteúdos para criar uma comunicação direta com os pequenos consumidores de forma leve e inovadora.
Não à toa, muitos empresários buscam por uma agência de modelo infantil para encontrar a nova cara de suas campanhas publicitárias. A presença de crianças em revistas e comerciais cria uma ligação entre o público infantil e a marca, o que reflete no comportamento de consumo desse setor.
Consumo infantil e tecnologia
Com um mundo cada vez mais tecnológico, grande parte das crianças brasileiras tem contato com a mídia ainda nos primeiros anos de vida. A pesquisa Panorama Mobile Time, também de 2021, estima que a porcentagem do público infantil brasileiro de 0 a 12 anos que tem um celular é de 49%.
Por meio das redes sociais, aplicativos e televisão, as crianças têm acesso a novidades de diferentes setores e, como consequência, transformam-se em apreciadores e potenciais consumidores de grandes marcas.
A internet virou uma espécie de porta de entrada para a comunicação do público infantil com as marcas. Nesse contexto, os e-commerces se tornaram tendência no setor comercial e chamaram a atenção não somente dos pequenos, mas também de seus pais, que se mantêm atentos para adquirir diversos produtos para os filhos, como roupas, jogos, consoles e até mesmo maquiagens.
A presença desse público no universo on-line favorece a adesão de ideias inovadoras para criar uma ligação mais forte entre marcas e seus consumidores. Campanhas com modelos mirins na internet, criação de redes sociais atrativas para as crianças, presença de influenciadores digitais citando a marca e testes de produtos em plataformas como o YouTube passaram a fazer parte das estratégias de marketing de muitas empresas nos últimos anos.
Modelos mirins ganham espaço no setor infantil
A influência das crianças na hora da compra já foi citada na pesquisa “Crianças brasileiras”, realizada pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Dotz. O estudo mostra que 88% dos pais são influenciados pelos filhos quando estão fazendo compras no shopping ou no supermercado. Além disso, 70% se importam mais com as marcas utilizadas pelos pequenos do que as para consumo próprio.
Os pequenos estão cada vez mais ativos e valorizados como personagens decisivos na hora de reivindicar o que querem consumir. Por isso, há uma presença expressiva de modelos mirins em campanhas publicitárias para que as marcas possam se comunicar diretamente com esses consumidores.
Nesse cenário, as empresas utilizam não somente a imagem infantil, mas também efeitos especiais, músicas, cores vibrantes, gírias e outros recursos estéticos que atraem a atenção das crianças.
Essas campanhas geram impacto nas crianças por meio de anúncios em vídeos nos aplicativos, publicações em perfis de influenciadores e também pela televisão.