Apesar da desaceleração em 2022, o mercado encontrou nas exportações de laminados e placas o fôlego desejado. Saiba mais!
Embora o mercado de aço no Brasil passe por um momento de crise, alguns números indicam que a tendência pode ser de crescimento em 2023. Tais números são do Instituto Aço Brasil, Instituto Nacional de Distribuição de Aço e da World Steel Association.
O Brasil produz e exporta todo tipo de aço que se utiliza no mundo inteiro. Sem contar a própria demanda no mercado interno que já é alta dado o crescimento do setor imobiliário.
O aço nada mais é do que uma liga metálica formada principalmente de ferro e carbono, que é tão importante na economia quanto na manutenção da qualidade de vida que dispomos, sendo utilizado de diversas formas.
Desde a fabricação de uma simples chapa perfurada, utilizada em processos de filtragem nas indústrias, na construção civil, nas decorações, aos mais complexos e inovadores projetos de engenharia civil, tecnológica, locomotiva e siderúrgica no país.
Embora a alta no preço das commodities seja um fator preocupante, o mercado global apresenta suas demandas que não podem ser ignoradas.
E o Brasil se mostrou preparado para atendê-las!
Crescimento em meio à crise
Com a Guerra na Ucrânia, o Brasil não foi o único prejudicado com a produção e exportação de aço. Outros fatores como a inflação, as incertezas políticas e a própria proteção do mercado fez com que muitos países também sofressem essa desaceleração no setor.
Atualmente o Brasil é o 9º país que mais produz e exporta aço no mundo. Contudo, a alta nos preços dos maiores produtores como a China e os EUA, fez com que o mercado brasileiro passasse por ajustes (concessão de descontos) o que elevou os prêmios no país.
Ou seja, as usinas brasileiras conseguiram chamar a atenção das demandas internacionais pelo material acabado (laminados) e semi-acabado (principalmente placas), encontrando o fôlego desejado para manter o setor aquecido em 2022.
Segundo dados do Instituto Aço Brasil, durante o mês de maio deste ano, o setor elevou em 43% o volume de exportações com relação ao mesmo período de 2021. O aumento corresponde a 1,1 milhão toneladas de aço, gerando divisas de US$ 1 bilhão, com alta de 64,8% sobre o ano passado.
O mercado de aço brasileiro exporta para mais de 100 países. Em 2021, conforme dados do Instituto, o setor alcançou as marcas de:
– 36,2 toneladas de aço bruto produzido,
– 34,8 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos
– 2,3 milhões de toneladas em exportações indiretas (aço contido em bens)
– saldo comercial de US$ 4,4 bilhões de dólares.
Crescimento interno com aços planos reforça expectativa
Ainda neste ano, o mercado interno de aços planos apresentou crescimento, quando empresas da rede de varejo reforçaram suas compras totalizando 366 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional de Distribuidores de Aço.
Uma alta de 46,6% com relação ao mês de abril e 6,1% a mais que em 2021.
O aço plano é bastante utilizado em projetos estruturais, na produção de autopeças, na indústria automobilística e naval, na fabricação de esquadrias, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis, dentre outros.
A queda nas taxas de desemprego de 11% para 9,3% e o aumento do PIB em até 2% favoreceram o cenário atual.
As projeções ganham força, conforme dados da World Steel Association – Representante de 190 produtores de aço, que prevê que em 2023, a demanda no mundo aumente em até 2,2% com um provável fim da guerra e a necessidade de recomeço.
Seja qual for o cenário global para o ano que vem, embora desafiador, o Brasil se mostra preparado para driblar a crise e manter o setor atraente às demandas internacionais.