Ardência e dor na boca e língua é a principal queixa de quem sofre com esse problema
A menopausa é um período na vida da mulher que exige adaptações às mudanças hormonais em seu organismo. Com ela, pode também surgir a síndrome da boca ardente, também chamada de glossodinia, que causa dor e queimação na cavidade oral. Especialistas não sabem exatamente suas causas e o porquê de afetar, em sua maior parte, as mulheres de meia-idade. No entanto, essa síndrome pode também atingir os homens, apesar de a maior prevalência ser em mulheres.
Não existem testes ou exames específicos que detectem a síndrome da boca ardente. Assim, o diagnóstico se dá após serem excluídas outras possibilidades. A pessoa sente uma espécie de queimação na mucosa oral, bem como na língua. É uma sensação parecida que se tem quando se come pimenta.
Nos casos em que a condição é secundária, ela se desenvolve como sintoma de outra doença que acomete o corpo, como o hipotireoidismo, a diabetes e até mesmo o Parkinson. Para tanto, é preciso entender as condições físicas da pessoa para entender melhor se ela pode ser um sintoma.
Pacientes também procuram profissionais formados na faculdade de odontologia para entender o que sentem. Acabam, muitas vezes, chupando gelo para amenizar a sensação. Pode haver também a intensificação de sabores como o azedo e o amargo, ao passo que o doce se ameniza.
A dor costuma piorar quando se consome um alimento muito quente ou com muito condimento. Também pode se agravar com o consumo de bebidas alcoólicas e o uso de enxaguantes bucais. Profissionais na área da otorrinolaringologia podem avaliar cada caso.
É importante que se investigue alterações nos níveis de algumas vitaminas e minerais. Também se deve avaliar se há a presença de doenças endocrinológicas e reumatológicas, bem como o uso de alguns medicamentos. Um exame físico e psicológico também ajuda no diagnóstico.
Geralmente, as pessoas com essa condição têm aumento da sede e também podem sofrer com perda de apetite. É importante que o caso seja acompanhado por profissionais de saúde para que possam dar orientações adequadas para a melhora do quadro.
Não existe uma medicação específica para a doença, mas os médicos podem tratar de diversas formas, como, por exemplo, com o uso de fitoterápicos, de analgésicos e anti-inflamatórios. Também pode ser usado um tipo de antioxidante, além de antidepressivos.
É importante que quem sofre dessa síndrome não se automedique e procure profissionais capacitados para iniciar o tratamento. Cada caso é singular, e o tratamento deve ser desenhado de acordo com a situação particular de cada pessoa.