Engana-se quem imagina que o endividamento empresarial é um problema exclusivo dos grandes negócios. Segundo dados divulgados pelo Sebrae, cerca de 61% dos microempreendedores têm um alto comprometimento da receita decorrente do acúmulo de dívidas.
Desde o mau gerenciamento contábil até o prejuízo nas vendas, as causas são inúmeras. Assim, é preciso que os administradores estejam constantemente atentos à situação financeira da empresa, para evitar as complexas consequências das dívidas. Venha com a gente e confira as principais causas e como sair desta situação complicada.
O que é endividamento empresarial?
O endividamento empresarial diz respeito ao acúmulo de pendências financeiras feitas no CNPJ do empreendimento. As dívidas podem ser referentes a fornecedores, instituições bancárias, entidades governamentais ou outros credores.
De maneira geral, quanto maior o atraso no pagamento, maior será a gravidade das consequências. Afinal, além das multas e juros de mora, o empreendedor poderá enfrentar a restrição de crédito por conta da inclusão nos cadastros de órgãos como Serasa e SPC.
Além disso, dívidas com o governo podem levar à suspensão do acesso a benefícios previdenciários e até mesmo ao cancelamento do CNPJ. Vale ressaltar que, a depender da categoria empresarial aderida, podem acontecer também ações judiciais e bloqueios de bens do próprio titular como pessoa física.
Principais causas do endividamento empresarial
Existem diversos motivos que podem levar uma empresa às dívidas excessivas:
- Má gestão administrativa dos gastos e despesas, como ausência de controle do fluxo de caixa
- Inexperiência com empreendedorismo, além da falta de conhecimentos teóricos específicos sobre o funcionamento do mercado
- Aquisição excessiva de empréstimos e financiamentos
- Atraso no pagamento de fornecedores
- Atraso no pagamento das cargas tributárias
- Prejuízos decorrentes de imprevistos, como queda nas vendas e perda de clientes
- Uso excessivo da função crédito
- Fluxos internos de produção mal delineados, resultando em retrabalhos fabris e desperdício de materiais.
Vale lembrar que os momentos de crise financeira fazem parte do aprendizado de gerenciar sua própria empresa. Assim, não se preocupe: é possível reverter o quadro de endividamento!
Como sair do endividamento empresarial em 5 passos
Ainda que seja uma situação altamente delicada, saiba que é possível sair das dívidas e retomar a estabilidade financeira do seu empreendimento. Confira agora algumas dicas imperdíveis.
1. Elabore um planejamento financeiro adequado
Primeiro passo: colocar a casa em ordem! Organize adequadamente o fluxo de caixa, mapeie as despesas excessivas, elabore um plano de contenção de gastos e estabeleça uma rotina de monitoramento das transações bancárias.
2. Solicite a reavaliação as dívidas
Ao se deparar com dificuldades para quitar suas dívidas com instituições financeiras, saiba que é possível solicitar uma nova proposta de juros e parcelamento envolvidos. Além disso, birôs de crédito, como o Serasa Experian, promovem eventos nos quais as dívidas podem ser renegociadas e quitadas com até 90% de desconto.
3. Negocie com os fornecedores
Caso suas pendências sejam relativas aos fornecedores, vale a pena chegar a um acordo a respeito das formas de pagamento mais acessíveis. Em sequência, caso seja necessário, prospecte e qualifique novas empresas fornecedoras que ofereçam valores menores e com bom lead time de entrega.
4. Crie uma reserva de emergência
Destine uma parte de seu faturamento para criar uma reserva de emergência. Essa é uma estratégia fundamental para cobrir despesas inesperadas ou quedas nas vendas, evitando a necessidade de recorrer a empréstimos e outras medidas que possam agravar seu endividamento.
Gradualmente, busque aumentar essa reserva até atingir um valor que proporcione uma segurança financeira adequada. Além disso, considere aplicá-la em investimentos seguros e confiáveis, que possam garantir uma rentabilidade melhor do que deixar o dinheiro parado na poupança.
5. Mantenha seus tributos em dia
Muitos empreendedores têm sérias pendências tributárias com a Receita Federal. Para colocar em dia os impostos e contribuições, deverão ser emitidos os boletos de recolhimentos específicos de cada categoria de empreendimento.
Por exemplo, para as microempresas (ME) optantes do Simples Nacional, deve-se emitir os DAS em atraso pelo próprio PGDAS, sendo que as guias serão emitidas já com os valores de juros acrescidos.
Com disciplina e organização, é possível quitar suas dívidas e restabelecer as finanças da sua empresa. Coloque em prática nossas dicas agora mesmo!