Será que investir em CDB rende mais que a poupança no Brasil? Esses dois investimentos de renda fixa são os mais conhecidos do mercado e atraem muitos investidores pelo seu baixo risco.
Para escolher o melhor, é preciso entender como funciona a rentabilidade de cada um, além da liquidez e do risco. Confira um comparativo e entenda se o CDB rende mais que a poupança.
CDB rende mais que a poupança?
Sim! De modo geral, o CDB rende mais que a poupança e é uma boa opção de investimento em renda fixa. Para você entender melhor, a caderneta de poupança segue as regras abaixo de rentabilidade:
- Quando a taxa Selic está abaixo de 8,5% ao ano, seu rendimento é de 70% da taxa Selic mais a TR (Taxa Referencial)
- Quando a taxa Selic está acima de 8,5% ano, a rentabilidade da poupança passa a ser de 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais TR.
Já os CDBs mais conhecidos do mercado, os pós-fixados atrelados à Selic, costumam pagar entre 90% e 110% do CDI. Em maio de 2023, por exemplo, a taxa Selic estava em 13,75% ao ano, e o CDI, 13,65%.
Nesse cenário, a poupança paga somente 6,17% ao ano + TR de 0,5% (cerca de 6,57%), enquanto um CDB que rende 100% do CDI paga 13,65% ao ano. Mesmo que a poupança seja isenta de Imposto de Renda, o retorno do CDB ainda fica maior.
Qual a diferença entre CDB e poupança?
A diferença é que o CDB é um título de dívida privada emitido pelos bancos, o Certificado de Depósito Bancário, enquanto a poupança é uma aplicação atrelada a uma conta bancária. Ao investir em um CDB, você empresta dinheiro ao banco e recebe um retorno em forma de juros ao longo do tempo, conforme a rentabilidade prometida pelo título.
Já a poupança fica disponível para investimentos na sua conta e paga a remuneração padrão a cada aniversário da aplicação.
4 dicas para fazer seu dinheiro render com o CDB
Veja algumas dicas para aproveitar o potencial de rentabilidade dos CDBs.
1. Conheça as diferentes rentabilidades
Existem dois principais tipos de rentabilidades oferecidas pelos CDBs:
- Prefixada: o investimento paga uma taxa de juros fixa que é definida no momento da aplicação (ex: 12% ao ano)
- Pós-fixada: o CDB tem sua rentabilidade atrelada a um indicador do mercado. O mais comum é o CDI, mas também existem títulos vinculados ao índice de inflação (IPCA).
2. Analise o cenário econômico
Para escolher o CDB com maior retorno, você precisa analisar o cenário econômico do país. Se os juros estão caindo, por exemplo, vale a pena aplicar em um título prefixado, pois assim você garante uma remuneração mais alta durante os períodos de baixa da Selic e do CDI.
Agora, se os juros estão subindo, vale mais a pena investir nos CDBs pós-fixados atrelados ao CDI, já que a alta da Selic significa maior rentabilidade para o investidor.
3. Fique atento ao prazo
Cada CDB tem um prazo de vencimento e a rentabilidade só é garantida se você aguardar até essa data. Se você resgatar antes do prazo (vender o título), que pode ser de 30 dias até cinco anos, corre o risco de perder dinheiro de acordo com a cotação do mercado.
A exceção são os CDBs de liquidez diária, que permitem a retirada do dinheiro a qualquer momento sem prejuízo. Então, quando for investir seu dinheiro em um título como esse, verifique se você pode manter o valor aplicado até o vencimento.
4. Desconte o IR
Por fim, lembre-se de descontar o Imposto de Renda do CDB para estimar a rentabilidade com mais precisão. A tabela do IR usada para as aplicações de renda fixa é a seguinte, na lógica regressiva conforme o prazo de investimento:
Prazo da aplicação | Alíquota do IR |
até 180 dias | 22,5% |
entre 181 e 360 dias | 20% |
entre 361 e 720 dias | 17,5% |
acima de 720 dias | 15% |
Entendeu quando o CDB rende mais que a poupança? Agora é só escolher os melhores títulos de renda fixa e diversificar seu portfólio!