Entenda como fica a situação da aposentadoria por tempo de serviço após a Reforma da Previdência e quais são as suas opções atualmente para garantir uma aposentadoria tranquila
Atualmente no Brasil é possível se aposentar pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de diversas maneiras. As mais comuns são por tempo de serviço e por idade.
Entretanto, não devemos esquecer que muitos brasileiros também se aposentam por invalidez ou por exercício de trabalho que gera risco à saúde, por exemplo. Além das aposentadorias especiais de militares, juízes e políticos.
Essa vasta gama de formas de aposentadoria social se diferencia bastante da previdência empresarial, principalmente quando falamos do recebimento do montante acumulado ao longo dos anos.
Enquanto na previdência privada você consegue acompanhar, programar e prever a sua receita durante a aposentadoria, na previdência social a sua rentabilidade depende de múltiplos fatores.
Pensando em auxiliar aqueles que ainda têm dúvidas acerca do processo de aposentadoria por tempo de serviço, reunimos aqui as principais informações que você precisa saber sobre o assunto. Confira a seguir!
Você sabe o funcionamento das novas regras?
Após a Reforma da Previdência em novembro de 2019 inúmeras dúvidas surgiram acerca do funcionamento e implementação das novas regras.
Ainda que esse seja um assunto que está sempre em pautas dos jornais Brasil afora, ainda são poucas pessoas que realmente compreendem as mudanças realizadas e de que forma elas impactam nas suas vidas.
Apesar disso, a nova previdência está em vigor e você precisa saber como isso irá impactar no seu futuro. Dessa forma, o texto da Reforma da Previdência prevê basicamente o fim da aposentadoria por tempo de serviço, restando apenas a aposentadoria por idade, veja abaixo mais detalhes sobre essa mudança.
O que mudou?
Antes da Reforma da Previdência a regra para aposentadoria por tempo de contribuição seguia os seguintes parâmetros: 35 anos para homens e 30 anos de tempo de serviço para mulheres, sem idade mínima.
Em casos de aposentadoria por idade, a regra previa 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, acumulando o mínimo de 15 anos de contribuição.
Entretanto, o novo texto indica que a nova regra geral da Previdência Social é a aposentadoria por idade.
Assim, atualmente no Brasil só é possível se aposentar após os 65 anos, para homens, e após os 62 anos, para mulheres. Ainda assim, a contagem do tempo de serviço permanece, entretanto, não será critério para aprovação ou não da aposentadoria.
O que acontece com a contagem do tempo de serviço?
Como dissemos, o que prevalece após a Reforma da Previdência é a idade do contribuinte e não mais o tempo de serviço prestado.
Assim, os homens que trabalharam até os 65 anos e cumpriram 20 anos de contribuição e as mulheres que trabalharam até os 62 e contribuíram por 15 anos podem se aposentar.
Entretanto, o novo texto estabelece que ao atingir esse mínimo de idade e anos de contribuição, o trabalhador terá garantido somente 60% da média dos salários ao longo do tempo de serviço.
Isso significa dizer então que aqueles que têm interesse em se aposentar com 100% da remuneração, deverão contribuir por 35 anos, no caso das mulheres, ou por 40 anos, no caso dos homens.
Sem nenhuma surpresa, essa parte da Reforma da Previdência tem sido muito criticada por cientistas sociais e entidades sindicais, visto que pouquíssimos trabalhadores serão capazes de se aposentar com 100% da remuneração.
O previsto para as próximas gerações é que a maior parte da população se aposente ainda mais tarde recebendo ainda menos do que um aposentado ganha atualmente.
Dessa forma fica fácil entender o aumento vertiginoso na busca por planos de previdência privada desde 2019.
Existem outras opções?
Diante do cenário desfavorável para quem é contribuinte da previdência social, muitos brasileiros passaram a se questionar se existem outras opções para garantir uma aposentadoria tranquila do ponto de vista financeiro.
Assim, os planos de previdência privada se tornaram alvo para aqueles que querem fugir do INSS.
Dessa forma, o mercado de previdência privada e empresarial tem crescido bastante nos últimos anos justamente por oferecer alternativas que são mais adaptáveis às diferentes realidades dos brasileiros.
Por notarem que as novas regras após a Reforma são desfavoráveis em grande parte dos casos, os contribuintes estão migrando para a segurança de planos mais controlados.
Nesse sentido, você pode – e deve – continuar contribuindo para o INSS mas também é indicado que pense em investir seu dinheiro em um plano de aposentadoria privada.
Essa atitude irá te garantir não só um retorno no futuro, como também maior estabilidade emocional e financeira para se manter sem trabalhar.