Entender como funciona o PIX é importante para qualquer brasileiro, afinal esta já é uma das opções de pagamento mais utilizadas no país e certamente é a mais prática e ágil para qualquer pessoa física.
Esse método de transferência foi lançado pelo Banco Central brasileiro em 2020, e em poucos anos se tornou tão tradicional quanto as formas de pagamento mais clássicas.
E é preciso entender bem como esta forma de pagamento atua, uma vez que ela oferece várias particularidades e funções específicas e exclusivas, bem distintas das outras modalidades.
Seja pessoa física ou jurídica, utilizar o PIX e entender a sua forma de funcionamento tornou-se quase uma obrigação na rotina de pagamento de contas, compras e da mera transferência de dinheiro. Confira mais!
O que é e como funciona o PIX?
PIX é um sistema de pagamento instantâneo desenvolvido, lançado e mantido pelo Estado, ou melhor, pelo Banco Central. Este sistema em específico é exclusivo do mercado brasileiro e, embora métodos de pagamento instantâneo existam em vários países do mundo, o PIX é um sistema nacional.
A palavra PIX faz referência a um pixel, algo que é breve e cria uma analogia com o pagamento instantâneo. Por meio do PIX é possível transferir quantias em dinheiro sem qualquer tarifa para uma pessoa física ou jurídica e para isso basta ter um acesso remoto à sua conta por meio de um smartphone ou qualquer outra conexão à internet.
Hoje em dia praticamente qualquer banco, seja tradicional ou digital, já está associado ao PIX e oferece esta versão de pagamento para seus clientes. Neste caso basta ter uma chave associada à sua conta, que é um dos itens mais relevantes para entender como funciona o PIX.
Entenda a diferença entre PIX, TED e DOC
Mesmo que sejam métodos de pagamentos diferentes, o PIX, TED e DOC têm diferenças gritantes. O primeiro se destaca por ser instantâneo, enquanto o TED e DOC são tradicionais e seguros. Há ainda outras distinções e não se engane, pois o PIX não acabou com as outras categorias de transferência. Confira:
PIX
É um método de transferência instantâneo que pode ser utilizado por qualquer um com acesso à sua conta. Ele é rápido, prático e acessível e por isso o preferido da população no geral e o mais indicado para o uso de rotina para as pessoas físicas.
TED
A Transferência Eletrônica Disponível, ou TED, certamente caiu em desuso com a chegada do PIX e suas facilidades, mas isso não significa que foi totalmente abolido e abandonado.
Este tipo de serviço só funciona em dias úteis e é compensado no mesmo dia na conta do beneficiário, desde que seja realizado até às 17:00 horas.
No geral não há limites mínimos ou máximos para uma transferência via TED, porém é comum que bancos estipulem este limite por razões de segurança. Uma das características mais notáveis para a transferência TED é o número de informações solicitadas que são:
- Nome completo;
- CPF ou CNPJ;
- Número da conta;
- Número da agência;
- Definição da conta — se é poupança ou conta corrente.
Todas essas informações devem estar presentes na hora de realizar a sua transferência via TED e por isso é uma das preferidas das empresas, pois permite um controle rigoroso. Vale destacar que se uma transferência TED for realizada em um feriado ou domingo, ela só será recebida no próximo dia útil.
DOC
A transferência via DOC — Documento de Ordem de Crédito — é similar à TED, mas tem suas próprias particularidades. O DOC tem limite e somente quantias abaixo de R$4.999,99 podem ser enviadas em uma única transferência, o que pode gerar algumas limitações, por isso para empresas a preferência ainda é pelo TED.
Mas em termos de segurança, o DOC ainda usa as medidas da TED como solicitar todos os dados da transferência como as que foram pedidas na categoria anterior. Também vale mencionar que a transferência DOC só funciona em dias úteis, caindo sempre no outro dia. Caso seja realizada após às 22:00 horas pode demorar até mais do que um dia.
Como funcionam as chaves PIX?
Para entender melhor como funciona o PIX é preciso conhecer as chaves, que são praticamente uma conta que identifica o beneficiário ou o responsável pelo pagamento. Essas chaves podem ser divididas em quatro: CPF ou CNPJ, e-mail, número de celular e chave aleatória, cada uma com suas particularidades.
Há uma certa estratégia na escolha da sua chave PIX e pode significar mais praticidade e comodidade, especialmente para aqueles que usam essas chaves para receber seus pagamentos. Veja abaixo mais sobre cada uma delas de maneira individual e como funcionam em seus pagamentos:
Chave aleatória
Chaves aleatórias de PIX são os tipos mais seguros para PIX, pois sua transferência não significa nenhum dado que pode ser considerado sensível sobre o indivíduo ou empresa que o compartilha. Porém, essas chaves costumam ser extensas e difíceis de compartilhar com facilidade.
Chave telefone celular
Uma das chaves PIX mais utilizadas é a do celular, porque é fácil de decorar e ainda serve como marketing para autônomos e empresas. Qualquer celular de qualquer operadora pode ser cadastrado como chave PIX e basta que o indivíduo confirme que está em posse do número no momento do seu cadastro.
Chave CPF ou CNPJ
Quando vimos como funciona o PIX identificamos que ele pode ser tanto de CPF ou CNPJ. Este é um método também muito usado, pois boa parte dos brasileiros já tem seu CPF ou CNPJ decorados. Mas essa pode não ser a escolha mais segura, pois sempre que for transferido, será necessário dar seu documento.
Chave e-mail
E por fim temos a chave e-mail, que é uma chave bem prática para quem faz negócio via e-mail. Mas não é a favorita, primeiro porque implica em fornecer algum tipo de contato, e segundo porque muitos não acham que um endereço é fácil de ser decorado e nem pode ser compartilhado com praticidade.
Como fazer uma transferência e pagamento via PIX?
Para realizar uma transferência por PIX é preciso ter uma fonte de saldo, acesso à internet e, claro, uma conta, como também a chave do seu beneficiário. A chave daquele que envia o pagamento também deve ser cadastrada no PIX por meio de seu banco, seja ele tradicional ou digital.
Esta fonte de saldo não necessariamente deve ser o que você tem na conta, pois algumas instituições oferecem outras maneiras, como o parcelamento, utilizando o limite de crédito pessoal.
O cartão de crédito é outra opção, presente em algumas instituições. Ambas alternativas acrescentam juros e taxas sobre o valor “emprestado”. Neste artigo, você pode conferir mais informações sobre fazer PIX com cartão de crédito.
Em resumo, é necessário abrir o aplicativo do banco ou carteira digital, acessar a opção “PIX”, selecionar a opção de enviar ou transferir, adicionar a chave PIX do destinatário, o valor, a forma de pagamento e confirmar ao final a operação.
Como funciona se eu errar em uma transação?
Se errar uma transação por meio do PIX é necessário entrar em contato com o titular da conta de destino e solicitar o estorno, infelizmente a maior parte dos bancos não se responsabiliza por quantias enviadas por engano, e essa é uma das razões para muitos ainda preferirem as versões de pagamento.
Os outros métodos de transferência solicitam tantos dados que é quase impossível conseguir errar um desses envios. É essencial prestar muita atenção antes de enviar qualquer quantia via PIX, por isso leia atentamente o resumo da operação antes de concluir.
No mais, ao entender como funciona o PIX vemos que é um método de pagamento instantâneo muito útil e que vale a pena ser utilizado. Só é fundamental tomar cuidado com suas chaves e utilizá-las com bastante cuidado, sendo criterioso em suas transferências. Gostou do artigo? Compartilhe-o com seus amigos!