Fundos de investimento são aplicações em renda fixa ou variável que funcionam no sistema de cotas, permitindo que o participante adquira partes do fundo para ser remunerado de acordo com elas.
Existem diferentes tipos de fundo, como os imobiliários, os de multimercado e os de ações.
Para o interessado nesse tipo de solução é importante diferenciá-las para poder investir de acordo com uma estratégia.
Clientes mais conservadores, por exemplo, tendem a ter menor tolerância ao risco e por isso costumam se dedicar aos fundos de renda fixa.
Por outro lado, investidores com mais experiência e maior tolerância ao risco, os de perfil arrojado, geralmente preferem ativos como os fundos de renda variável.
A Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulga diariamente dados sobre a indústria de fundos de investimento no Brasil.
O levantamento nomeado “Consolidado Diário de Fundos de Investimento” organiza informações como valor total de patrimônio líquido, rentabilidade média e captação líquida diária e acumulada de cada tipo de fundo.
No consolidado são listados os resultados de fundos de renda fixa, de ações, de multimercados, cambial, de previdência e Exchange Traded Funds (ETF).
Embora os dados auxiliem na escolha, é preciso conhecer melhor cada tipo de fundo antes da tomada de decisão.
Fundos de ações
Segundo dados da B3, fundos de investimento em ações (FIA) acompanham a variação de preços de ações negociadas em mercados organizados.
São fundos que necessariamente precisam ter em sua composição pelo menos 67% de ações. Isso quer dizer que eles podem contar com outras soluções de mercado, desde que não representem a maioria.
Fundos de ações podem ser de dois tipos, os passivos, nos quais existe um índice que é tomado como referência para a estratégia do fundo – como o Ibovespa -, e os ativos, nos quais quem define as estratégias é um gestor profissional.
Consequentemente, fundos de ações apresentam suas peculiaridades em relação a outros fundos. Como eles se concentram em grande maioria em um mercado em que a rentabilidade costuma ser maior, logo, seus resultados também tendem a ser mais expressivos do que em fundos imobiliários e de renda fixa.
Em contrapartida, apresentam risco elevado, o que pode não ser uma boa sugestão para investidores de perfil conservador.
Fundos de renda fixa
No caso dos fundos de renda fixa, a exigência é que ao menos 80% do patrimônio do fundo seja composto por títulos públicos ou privados que seguem a chamada taxa de juros doméstica.
Dessa forma, podem ser títulos que acompanham a Selic, o IPCA ou que rendam de maneira prefixada, entre outras modalidade.
Por se concentrarem na renda fixa, eles costumam ser úteis para momentos em que a taxa de juros está em baixa, pois garantem o poder de compra mesmo para o investidor mais conservador.
Isso porque os 20% restantes dos fundos de renda fixa geralmente são compostos por ativos com potencial para elevar a rentabilidade.
É o caso dos derivativos, que permitem melhor desempenho em relação ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Fundos imobiliários
De acordo com a B3, os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) dedicam-se a ativos que atuam no mercado imobiliário, podendo ser físicos, como prédios, galpões e imóveis rurais, ou então de papel, com títulos que correspondem a projetos nesse setor.
A ideia é que, a partir da ação de um gestor especializado, o recurso dos cotistas sirva para o investimento em soluções no mercado imobiliário, de maneira que, com a valorização desses ativos, novas alocações sejam feitas e a rentabilidade do fundo aumente.
Essa costuma ser uma alternativa para quem pretende migrar da renda fixa para a variável, sem correr riscos e sem precisar compreender a lógica por trás do mercado.
Em termos de rentabilidade, embora os investir em FIIs traga resultados melhores do que na renda fixa, geralmente há resultados menos expressivos do que o investimento direto em ações.
No momento, fundos imobiliários têm se destacado no mercado de investimento por conta da variedade de ativos em oferta e por funcionarem como porta de entrada para o mercado de renda variável.
Fundos multimercado
Fundos multimercado são caracterizados pela diversificação em seus patrimônios, com a combinação de ativos como renda fixa, câmbio, entre outros.
A variedade de frentes aumenta a margem de atuação do fundo em busca de resultados expressivos, pois não concentra as atenções em um único mercado.
Fundos multimercado costumam ser mais indicados para estratégias de investimentos concentradas no médio e no longo prazo, pois nelas essa maior variedade de opções tende a oferecer soluções ainda mais interessantes para o investidor.
Pensando em suas vantagens, esses fundos permitem ganhos por conta de sua diversificação, por ajustarem-se a diferentes tipos de cenários.
Já quanto às desvantagens, não se pode desconsiderar o fator risco, que, dependendo da composição do fundo, pode estar entre moderado e alto.
Conteúdo escrito por: Rodolfo Milone, Assessor de imprensa