A São Paulo que a gente quer é transparente e aberta à participação social. De 23 a 27 de outubro de 2013, a Prefeitura realizará o Encontro São Paulo Aberta. C
om seminários, painéis de experiências e oficinas para que todos façam parte dessa construção. Venha conhecer e debater propostas para que essa seja cada vez mais a cara da nossa cidade!
A Prefeitura de São Paulo entende que a transparência, o acesso à informação, a inovação tecnológica e a participação social são diretrizes fundamentais para o aprimoramento da gestão e das políticas públicas na cidade.
Estes são princípios do chamado “governo aberto”, conceito que esta gestão pretende fortalecer como método de governo.
Para envolver a sociedade na construção desse governo aberto, a Prefeitura vai realizar, de 23 a 27 de outubro de 2013, uma série de debates e atividades.
O evento termina com a “Hackatona do Ônibus” – uma maratona de desenvolvimento de aplicativos com os dados do sistema de transporte público municipal divulgados pela SPTrans.
Confira abaixo a programação
Confira abaixo a programação atualizada ou baixe o arquivo em pdf. 23/10 O Governo Aberto que Queremos Local: Edifício Matarazzo – auditório do 7º andar Público: 300 pessoas
9h00 às 10h20 | São Paulo Aberta: participação e transparência na Cidade que queremos – Fernando Haddad – Prefeito – Antonio Donato – Secretário Municipal de Governo – Mário Spinelli – Controlador-Geral do Município – Rogério Sottili – Secretário de Direitos Humanos e Cidadania – Sérgio Nogueira Seabra – Secretário de Transparência e Prevenção da Corrupção da Controladoria Geral da União (CGU) – Diogo de Sant’Ana- Secretário Executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República – Gustavo Vidigal- Chefe de Gabinete da Secretário de Relações Internacionais e Federativas |
10h30 às 12h30 | Mesa de debates: O que se entende por governo aberto – novos paradigmas da relação Estado-sociedade civil – Marilena Chauí – Professora de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP; – Benedito Barbosa – advogado da União dos Movimentos de Moradia; – Vera Masagão – Diretora Executiva da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong); – João Antônio da Silva Filho – Secretário de Relações Governamentais – Debatedor/Comentador da mesa: Pablo Ortellado – Professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades – Universidade de São Paulo (EACH-USP) |
14h00 às16h00 | Painel de Experiências: horizontes para um governo aberto no território – Educação como Desenvolvimento Local na Zona Leste:. articulação entre diretorias regionais de ensino e cursos preparatórios, conselhos gestores, pesquisadores, organizações da sociedade civil e movimentos que atuam na Zona Leste; mais de 450 pessoas participam de GTs que constroem propostas para temas como educação, economia, segurança pública, saúde e ambiente – Professora Maria Cláudia Vieira Fernandes; – Cuidando do Meu Bairro: Mapeando dinheiro do orçamento público. Projeto oferece ferramentas para que a sociedade possa conhecer melhor a temática do orçamento público, exercer o controle e fiscalização dos gastos realizados em equipamentos públicos da cidade e promover ações concretas no seu bairro. Iniciativa do GPopai-USP – Gestão Urbana.SP – Plataforma digital desenvolvida pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano (SMDU) para apoiar processo de revisão e construção do Plano Diretor da Cidade. Possui ferramentas para mapeamento colaborativo, consulta pública de projeto de lei e outras formas de construção participativa. Weber Sutti e Vinícius Russo (SMDU) – Movimento da infância: Articulação dos movimentos de infância nas regiões de São Paulo com o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. Flariston Francisco da Silva – Comentador das experiências: Euler Sandeville Júnior – Professor Associado da Universidade de São Paulo |
16h30 às 18h00 | Encerramento do dia Programação cultural – Emiliano Castro, violonista |
24/10 Governo Aberto à Participação Local: Auditório e Espaços de Convivência da Biblioteca Mário de Andrade, Praça Digital Público: 175 pessoas
9h00 às 10h30 | Auditório – Razões e Sentidos da Participação Social – por que a participação é fundamental para o governo aberto . – Joana Zylbersztajn – chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania – Frederico Soares de Lima – Coordenador da União dos Movimentos Populares da Cidade de São Paulo e Conselheiro Gestor da STS Penha – Anna Luiza Salles Souto – Instituto Pólis – Liane Lira – Coordenadora de Rede de Projetos do Acessa SP e integrante da Transparência Hacker – Comentadora da mesa: Luciana Tatagiba – Professora do Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) |
11h00 às 12h30 | Auditório – Sujeitos da participação: formas de mobilização e engajamento – Juliane Furno Levante Popular – Sonia Coelho – integrante da Marcha Mundial das Mulheres – Diego Rabatone – integrante da Transparência Hacker – Donizete Fernandes integrante do movimento de moradia – Debatedora/Comentadora: Beá Tibiriçá – Diretora do Coletivo Digital |
14h00 às 16h00 | Experiências – Participatório da Juventude – Observatório Participativo da Juventude é um ambiente virtual interativo, voltado à produção do conhecimento sobre/para/pela a juventude brasileira e à participação e mobilização social. Inspirado nas redes sociais, pretende promover espaços e discussões com foco nos temas ligados às políticas de juventude. Iniciativa da Sec. Nacional da Juventude, SGPr e Universidades – Severine Macedo (Secretária Nacional da Juventude) – De Olho nos Planos – metodologias para a construção participativa e o monitoramento de planos municipais de educação. O portal apoia e estimula o envolvimento das comunidades escolares, trabalhadores(as) da educação, estudantes, pesquisadores(as), gestores(as) e organizações da sociedade civil na elaboração de planos, além de disponibilizar ferramentas digitais de mapeamento e diagnóstico colaborativo. Iniciativa da Ação Educativa com apoio de Undime e Unicef. Denise Carreira, Ação Educativa. – #DialogoSPDH – Série de conversas com a população promovida pela SMDHC; já foram realizados encontros para a discussão de políticas para LGBT, juventude, migrantes e população de rua. Carla Borges, assessora especial da SMDHC. – Marcha da Consciência Negra: 10 anos de luta por uma sociedade sem racismo. Marcha que integrou diferentes movimentos em torno da questão de cotas e genocídio de negros. – Flavio Jorge Rodrigues, da SOWETO Organização Negra e Conen – Coordenação Nacional de Entidades Negras – Comentadora das experiências: Ana Claudia Chaves Teixeira – Núcleo de Pesquisas em Participação, Movimentos Sociais e Ação Coletiva (NEPAC) da Unicamp |
16h30 às 18h00 | “Polinização” – Atividades simultâneas – Café Hacker – CGM em parceria com Secretaria Municipal de Saúde, reunir movimento, jornalistas, pesquisadores e programadores para debater informações disponíveis na área da Saúde e as demandas por novas informações. Local: Auditório. – Café com Proposta – Momento que pretende discutir e colher subsídios para a elaboração de diretrizes e propostas para a Política Municipal de Participação Social. Serão 4 mesas discutindo e propondo diretrizes para participação. Local: Espaço de convivência. |
25/10 Governo Aberto à Transparência e ao Controle Participativo Local: Auditório e Espaços de Convivência da Biblioteca Mário de Andrade, Praça Digital Público: 175 pessoas
9h00 às 10h30 | Mesa de debates : Transparência ativa e dados abertos – Gisele Craveiro – Professora da da Escola de Artes, Ciências e Humanidades – Universidade de São Paulo (EACH-USP) – Cristiano Ferri – Analista legislativo da Câmara dos Deputados – Paula Martins – Coordenadora da ONG Artigo 19 – Leandro Valquer de Oliveira – Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo – Comentador/Debatedor: Maurício Faria – Conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo |
11h00 às 12h30 | Mesa de debates: Controle participativo, monitoramento de políticas e prevenção da corrupção – Raquel Moreno – Observatório da Mulher – Fabiano Angélico – Coordenador de Promoção da Integridade da Controladoria Geral do Município (CGM) – Clara Meyer Cabral – Coordenadora de Indicadores e Pesquisas da Rede Nossa São Paulo – Comentador/Debatedor: Wagner Romão – professor do Departamento de Antropologia, Política e Filosofia da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
14h00 às 16h00 | Exposição de experiências sobre transparência e controle social – Auditoria Participativa – Neste tipo de auditoria é a sociedade quem indica quais são os fatos críticos em relação ao objeto auditado e quais seriam as melhores soluções. O auditor evidencia as percepções e as avalia tecnicamente, indicando caminhos. Secretaria de Controle Interno da Presidência da República (CISET/PR). André Luiz Marini Chagas – Catálogo de Bases e Sistemas de Dados – Inovação do Decreto Estadual que regulamenta a Lei de Acesso à Informação em São Paulo, o CSBD reúne informações sobre todas as bases de dados que estão sob guarda do Governo Estadual. Organizado pela Fundação SEADE. – Parceria para o Governo Aberto (OGP) – Mecanismos de Diálogo e envolvimento da sociedade na construção e monitoramento de Planos de Ação do Brasil na OGP. Fernanda Machiavelli – SGPr – Cidade Democrática– Plataforma colaborativa para que cidadãos possam propor e construir soluções para as cidades. Henrique Parra – Comentador das experiências: Ségio Amadeu – Professor adjunto da Universidade Federal do ABC (UFABC) |
16h30 às 18h00 | “Polinização” – Atividades simultâneas – Café Hacker – Promovido pela Controladoria Geral do Município, encontro com jornalistas, pesquisadores, programadores e ativistas para discutir melhorias para o Portal da Transparência. Local: Auditório – Café com Proposta- Momento que pretende discutir e colher subsídios para a elaboração de propostas e diretrizes para o Plano de Transparência Ativa de São Paulo. Local: Espaço de convivência. |
25/10 Abertura da Hackatona do Ônibus Local: Local: Auditório da Biblioteca Mário de Andrade
26/10 e 27/10
Hackatona do Ônibus
Fechado à participação de equipes selecionadas. Inscrições de projetos até 18 de outubro.
A primeira Hackatona do Ônibus ocorreu nos dias 25 a 27 de outubro de 2013, na SPTrans. Conheça os projetos!
Hackatona é a versão nacional de “Hackathon” – terminologia da língua inglesa significa “maratona hacker”, isto é, um período de esforço concentrado em que programadores, pesquisadores e outros interessados se dedicam ao desenvolvimento de softwares, aplicativos e outros tipos de soluções.
A maratona será organizada pela SPTrans em parceria com a CGM e FGV. Conta com apoio ainda de outras secretarias do governo municipal como a SMRIF e a SECOM.
O intuito principal é melhorar a mobilidade urbana em São Paulo, mas também divulgar os esforços de abertura de dados da atual gestão e estimular o desenvolvimento de aplicações que melhorem a prestação de serviços públicos.
Como vai funcionar
Aqui os principais aspectos da primeira Hackatona do Ônibus:
- Será no fim de semana dos dias 26 e 27 de outubro de 2013, e conta com uma abertura com palestras na noite da sexta-feira dia 25 de outubro.
- Haverá uma premiação em dinheiro para os três projetos mais bem avaliados. Os prêmios são de oito, quatro e três mil reais.
- Para participar, é necessário inscrever um projeto. Faremos uma seleção de 10 projetos elaborados por equipes de até cinco pessoas cada.
- Uma lista de desafios foi proposta pela SPTrans, a partir das demandas e necessidades identificadas junto aos usuários do transporte público.
- Uma comissão julgadora vai avaliar os projetos no local, na tarde do domingo dia 27.
- Os critérios de julgamento são interesse público; monitoramento participativo, criatividade e qualidade técnica.
- Os vencedores serão anunciados no próprio domingo;
- A Hackatona será realizada no prédio da SPTrans, no centro de São Paulo.
Os Dados
Os dados serão de 2013, compreendendo pelo menos três meses do ano. A ideia é disponibilizar dados de diferentes períodos, para possibilitar comparações e fomentar a criatividade dos participantes.
Os dados serão disponibilizados em formato bruto, aberto e desagregado em mídias eletrônicas durante o evento.
Quais serão os dados disponibilizados?
- 1. Dados do GTFS Estático, com informações sobre pontos de ônibus, itinerários e linhas;
- 2. Dados de bilhetagem e viagens, por dia;
- 3. Dados do AVL (Automatic Vehicle Location) dos ônibus , por dia;
- 4. Banco de dados de serviços e frotas;
- 5. Outros dados podem ser acrescentados à lista a depender da avaliação sobre os dados existentes.
Amostra dos dados
Como acessar a amostra dos dados:
Para auxiliar a elaboração dos projetos, aqui apresentamos uma amostra dos dados da SPTrans que serão ofertados na Hackatona do Ônibus.
A amostra está disponível no link:
O tamanho do arquivo é 22Mb.
As tabelas do banco de dados foram limitadas em 1000 linhas e o período de bilhetagem e os eventos do AVL aqui disponibilizados são do dia 14/08/2013 das 11:00:00 até 11:59:59. Para os dados da bilhetagem foi gerado um hash do número do bilhete, pois, por lei, não podemos identificar o usuário.
Para maiores detalhes veja o arquivo LEIAME.TXT disponibilizado com os dados.
Mãos à obra!
Desafios
Como o foco principal da Hackatona é melhorar o sistema de transporte coletivo da cidade de São Paulo, listamos abaixo uma série de “desafios” – algumas ideias dos problemas que podem ser resolvidos pelos programadores durante o evento.
Os participantes poderão escolher qualquer segmento de dados a usar e podem enfrentar um ou mais desafios (ou até mesmo propor um novo desafio).
1. Usuário atuando como Fiscal/Informante:
- a. No GTFS estático, a informação de localização dos pontos de ônibus ainda apresenta diversas imprecisões. Além do mais, a base não indica características específicas do ponto (se tem ou não abrigo, o tipo do abrigo, etc.) Como melhorar essa informação de maneira interativa?
- b. Um dos grandes elementos de desconforto de passageiros refere-se à superlotação dos veículos. Esse resultado pode representar uma falha no planejamento, pode ser decorrência da baixa velocidade ou, finalmente, pode ser decorrente do não cumprimento da Ordem de Serviço (OSO). Para saber qual a origem do problema é necessário comparar a OSO com os veículos efetivamente em circulação, porém controlando para a velocidade específica no momento. Como gerar um aplicativo que permita que os cidadãos ajudem na fiscalização das partidas dos ônibus dos terminais?
- c. As partidas dos veículos e todas as consequências de seu não cumprimento representam o principal fator de reclamação dos usuários. No entanto há diversos outros fatores que afetam a qualidade do serviço de transporte coletivo como a falta de urbanidade do motorista, a limpeza do veículo, etc. Essas falhas estão sujeitas a multas, mas não é possível controlar todo o sistema sem falar no custo de fiscalização para o setor público que acaba impactando todo o sistema. Como os cidadãos poderiam participar do monitoramento das falhas do sistema de ônibus de maneira interativa?
2. Mineração e Análise de Dados:
- a. Uma das questões mais relevantes em um sistema de transportes é o que se denomina “velocidade comercial” dos veículos. Trata-se da velocidade observada ao longo do percurso. Essa é uma informação fundamental para o planejamento e gestão. Atualmente temos informação de velocidade apenas para alguns corredores e entre “pontos notáveis”. Como calcular a velocidade de um ônibus de um ponto ao seguinte e o tempo de parada em cada ponto?
- b. Uma das medidas de curto-prazo adotada pela prefeitura foi a implantação de faixas exclusivas para o transporte público. Essa medida procura aumentar a velocidade comercial dos ônibus. Qual foi o impacto das faixas exclusivas de ônibus sobre a velocidade comercial dos ônibus circulando nessas faixas? Esse impacto se mantém ao longo do tempo?
- c. Se as faixas exclusivas implantadas já podem ser avaliadas agora, o mesmo não é verdade para os BRTs. No entanto, a partir do traçado estimado para os futuros BRTs é possível estimar a velocidade atual para se obter uma estimativa dos ganhos futuros. Qual a velocidade atual nos trechos onde se prevê a implantação de BRTs?
- d. Os dados do transporte disponibilizados para o mês de junho não podem ser usados nas estimativas acima pois o mês foi atípico em particular por conta das manifestações. No entanto, esses dados, permitem que se avalie o efeito de um evento inesperado sobre o transporte público. Qual o impacto de uma manifestação em um local determinado sobre a velocidade e a oferta de transporte público?
- e. Um elemento fundamental para o planejamento do transporte, evidentemente, é a demanda. Utilizando os dados da bilhetagem é mais ou menos trivial saber a demanda total para uma determinada linha por hora. No entanto, estimar essa demanda com mais precisão, ou seja, para trechos da linha é uma tarefa bem mais complexa. Isso porque temos uma aproximação do local de entrada do usuário cruzando o dado da bilhetagem com o dado do GPS dos ônibus, mas não temos nenhuma informação direta sobre o local de saída do mesmo. Uma aproximação indireta seria utilizar o local de entrada do usuário na sua viagem de retorno como o seu ponto de saída. Qual o total de passageiros por veículo por hora em cada uma das linhas da cidade? Em quais áreas/linhas encontramos super-lotação?
3. Serviço e Inovação:
- a. São Paulo tem um plano de sinalização física para os usuários se localizarem no que se refere ao transporte público. Essa sinalização está apenas em português e não é completa. Estamos implementando totens inteligentes nos 29 terminais que conterão inicialmente informações bilíngües sobre origem e destino. Como gerar um aplicativo em várias línguas também com possibilidade de instalação nos totens que permita que turistas e visitantes se localizem na cidade?
- b. Para melhorar o planejamento do sistema de transportes é necessário além das informações operacionais a respeito das linhas informações do viário no qual essas linhas circulam. Essa informação deveria conter a largura da via, possível interrupções como, por exemplo, lombadas e valetas, os semáforos e assim por diante. Com exceção dos semáforos que foram mapeados pela CET (e disponibilizados para esse evento) os mapas atualmente disponíveis não trazem esse tipo de informação tão detalhada. Como seria possível realizar um mapa interativo que trouxesse as informações relevantes para o planejamento do transporte público?