Destinos paradisíacos e roteiros culturais são grandes atrativos no cenário do pós-pandemia
Não é preciso sair do Brasil para conhecer praias paradisíacas, fazer passeios históricos e desfrutar de uma alta gastronomia. O turismo nacional alcançou o seu amadurecimento nas últimas décadas.
Como consequência disso, tornou- se parte do roteiro de viagens de visitantes brasileiros e estrangeiros. Porém, com o surgimento da Covid-19, o setor enfrentou grandes desafios para se manter durante o período de distanciamento social.
Levantamento de dados no setor do Turismo
O levantamento, feito pela Pesquisa de Sondagem Empresarial do Ministério do Turismo (MTur), em 2020, demonstrou as inseguranças e incertezas dos empreendedores locais, sentimento que foi compartilhado por todo o planeta que encarava esse novo inimigo.
Contudo, o que poucos esperavam nesse cenário é que o turismo nacional se tornaria um dos setores responsáveis pela retomada econômica no pós-pandemia.
Com a ampla vacinação da população e o retorno às atividades, o MTur apresentou o Guia para Retomada Econômica do Turismo no Brasil, junto de outros incentivos, para fortalecer esse segmento, duramente afetado pela pandemia.
Só para se ter uma ideia, em 2019, o turismo brasileiro representava 7,7% do PIB, gerava 7,4 milhões de empregos e cerca de R$238,6 bilhões em receita. Em 2020, sofreu a perda de 384 mil postos formais de trabalho.
Além disso, conforme o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), que inclui o setor de turismo e transporte, passou pela retração de -78,9% no faturamento, considerando apenas o 1º semestre.
Os valores do Nordeste
A iniciativa governamental parece ter surtido efeito, pois entre os destinos, os nordestinos são aqueles que apresentam melhor performance nos períodos pré e pós-pandemia. Dessa forma, é importante que se considere tais pontos.
Nesse sentido, a riqueza cultural e a beleza litorânea são alguns dos fatores que contribuem para a preferência dos turistas, cansados da rotina de confinamento e isolamento social urbano.
Se em 2015, segundo o Hotel Urbano, a procura por destinos no Nordeste aumentou 115%, no retorno ao “novo normal”, esse continua sendo o roteiro “queridinho” entre os viajantes.
O turismo na região Nordeste
O aumento no fluxo de visitantes fez a economia voltar a crescer nos estados nordestinos. O Boletim Regional do Banco Central mostrou que a região apresenta o melhor índice de recuperação no consumo de serviços.
Esse dado se relaciona também com o aumento dos voos comerciais para fins turísticos, que, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi ainda maior para os destinos de Fernando de Noronha, Porto Seguro e Ilhéus.
É certo que Bahia, Piauí, Maranhão, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará assumiram a liderança no reaquecimento da atividade turística no país.
Não por acaso, a economia regional começa a reagir de maneira otimista, com mais geração de renda, oportunidades de trabalho e amplas vagas em processos seletivos, como os concursos no MA, na BA e no RN.
O futuro do prática turística na pós-pandemia
O cenário para os próximos semestres se desenha ainda mais promissor, pois embora os preços dos bens de consumo tenham sofrido reajuste nos últimos meses, o investimento em lazer e descanso não se abalou.
Essa mudança no comportamento dos brasileiros pode ser consequência do período de isolamento. O confinamento, sem dúvidas, despertou uma urgência em priorizar a saúde emocional e mental.
Viagens com destinos paradisíacos, portanto, são a saída para muitos que precisam ter de volta uma vida em equilíbrio. É por isso que o turismo se torna, mais uma vez, essencial para a economia e o lazer do país em sua totalidade.
Créditos da foto: IStock