Dentro da bolsa de valores há vários tipos de ativos, mas existem dois que se destacam mais. Fundos imobiliários ou ações, qual escolher?
As ações são um dos investimentos mais tradicionais da bolsa de valores, já os fundos imobiliários, recentemente vem ganhando destaque no mercado.
Ambos os investimentos possuem suas vantagens e desvantagens. Dependendo dos objetivos do investidor, ações ou fundos imobiliários podem ter um encaixa melhor, entregando a performance desejada pelo investidor.
Se você busca conhecer mais sobre ações e fundos imobiliários, acompanhe o artigo.
Vantagens das ações
O investimento em ações pode oferecer duas vantagens relevantes, que são:
· Ganhos com a valorização das ações;
· Recebimento de dividendos e juro sobre capital próprio;
· Boa liquidez.
Ao comprar ações, o investidor tem como expectativa ganhar dinheiro com sua valorização ou com os dividendos. Há também como ganhar dinheiro com ambos.
Comparado a outros investimentos, como os fundos imobiliários, as ações podem entregar ganhos mais relevantes por meio da valorização.
Há diversos casos de ações que multiplicaram o valor de mercado em várias vezes dentro de um espaço curto de tempo.
Coisa que dificilmente ocorre com ETF e fundos imobiliários. Já os dividendos e o juro sobre capital próprio, são distribuições que muitas empresas fazem e podem ser utilizadas pelos investidores para construir novas fontes de renda.
E por fim, a última vantagem está relacionada à liquidez. Grande parte das ações listadas na bolsa conta com boa liquidez. Isso significa que o investidor pode negociar as ações com certa facilidade, sem que haja muita volatilidade em seus preços.
Categorias de ações
Existem duas categorias de ações, as ordinárias e as preferenciais. As ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto e possuem o tag along.
Quando uma empresa recebe uma oferta de compra, o comprador faz uma oferta de compra das ações e os minoritários, normalmente acabam vendendo suas ações com base no preço de compra do comprador.
Com o tag along, o acionista ordinário consegue vender suas ações pelo preço de no mínimo 80% referente à aquisição, ou seja, é muito mais difícil ser prejudicado por uma eventual venda.
Portanto, as ações ordinárias oferecem um grau de segurança superior aos preferenciais. Diferente das ordinárias, as ações preferenciais possuem preferência no recebimento de dividendos.
As ações preferenciais não dão direito ao voto e nem todas possuem o tag along. Assim, em uma eventual venda das ações da empresa, o acionista minoritário pode acabar sofrendo com uma negociação ruim.
Vantagens dos fundos imobiliários
Além das ações, há outras opções de investimento na bolsa de valores, sendo que uma delas são os fundos imobiliários.
Os FIIs possuem algumas vantagens que muito se assemelham às ações, porém, em grau diferente. Dentre as vantagens há:
· Possibilidade de ganhos com a valorização das cotas na bolsa;
· Rendimentos pagos mensalmente, com certa previsibilidade;
· Boa liquidez.
Diferente das ações, a liquidez dos fundos imobiliários é menor do que a das ações. Outro ponto está relacionado aos ganhos com a valorização das cotas.
Há possibilidade sim de ganhar dinheiro com a valorização, mas esses ganhos não chegam a ser similares à valorização das ações.
Mas, quando o assunto é rendimentos, os fundos imobiliários possuem um grau de previsibilidade e consistência muito maior do que aqueles encontrados nas ações.
Portanto, se o investidor busca construir uma carteira com o foco em renda, os FIIs são uma das melhores opções.
Categorias de fundos imobiliários
No mercado de fundos imobiliários o investidor encontrará as seguintes categorias de FIIs:
· FII de tijolo;
· Fiis de papel;
· Fundos híbridos;
· FOF (fundo de fundo).
Os fundos de tijolo, ou que investem diretamente em imóveis não obtiveram boa performance em 2022, mas, caso a queda do juro se concretize em 2023, esses fundos podem acabar com performances acima da média.
Um dos fundos que mais ganhou em 2022 foram os fundos de papel. A volatilidade do IPCA e a alta dos juros contribuíram para essa categoria de FIIs.
Quando um FII investe em imóveis, CRI e cotas de outro fundo, achamos esse tipo de FII de híbrido.
Por contar com diversos investimentos em carteira, o FII híbrido se destaca pela diversificação de ativos e de categorias de investimentos. Por fim, os fundos de fundos, ou FOF, são os FIIs que investem em cotas de outros fundos.
Quais são as diferenças?
As diferenças entre as ações e fundos imobiliários são bem fáceis de identificar. Grande parte das ações que estão na bolsa, possuem alto nível de liquidez. Portanto, negociar as ações em carteira não será uma tarefa difícil.
Já no mercado de fundos imobiliários, nem sempre o FII terá uma boa liquidez. Como ainda não há tantos investidores no mercado de FII, como no de ações, há muitos fundos que possuem baixa liquidez e assim, o preço da cota costuma ser volátil.
Outra diferença entre ações e fundos imobiliários está nos rendimentos distribuídos. No mercado de ações, não há muita previsibilidade com relação aos dividendos ou ao juro sobre capital próprio.
Por exemplo: não há muitos casos de ações que pagam mensalmente dividendos, ou juro. Já no mercado de fundo, praticamente todos fazem distribuições mensais e existe previsibilidade nesses pagamentos. Inclusive, quando há variações, elas não costumam ser substanciais.
Em resumo: ações são ótimos investimentos para conseguir lucrar com a valorização. Como há diversos casos de ações que multiplicaram seus valores diversas vezes, o mercado de ações acaba sendo o mais apropriado para a busca da valorização do investimento.
Já os FIIs se destacam pela renda proveniente dos seus rendimentos. Inclusive há vários fundos que entregam rendimentos acima do CDI e líquidos de imposto de renda.
A importância de diversificar
Para evitar os riscos do mercado de ações ou de fundos imobiliários, o investidor deverá diversificar a carteira.
Ao diversificar o dinheiro investido em algumas ações e fundos imobiliários, as chances de registar perdas, são menores.
Vale destacar que a diversificação também restringe a possibilidade de conseguir alcançar lucros exorbitantes no curto prazo.
Mas, para aqueles que buscam o retorno de longo prazo, com uma boa estratégia e menos volatilidade na carteira, a diversificação é a solução.