No Brasil, a cada ano, o número de investidores-anjo aumenta gradativamente. Segundo uma pesquisa da ONG Anjos do Brasil, estima-se que existam mais de 6.900 investidores deste tipo e um aumento de 15% a cada ano.
Considerando esses números expressivos, é fundamental entender bem o que é exatamente um investidor-anjo, quais são as suas responsabilidades e contribuições com um negócio que está começando e se a sua empresa está pronta para receber um aporte deste tipo. Continue lendo este artigo, pois ele irá sanar todas essas dúvidas. Boa leitura.
O que é investidor-anjo?
A ideia de investidor-anjo foi criada no começo do século 20, nos EUA. Na época, ela se relacionava a pessoas que patrocinavam as peças de teatro e musicais da Broadway. Originalmente conhecido como Angel Investor ou Business Angel, estes “anjos” compartilhavam riscos e lucros com os produtores das peças.
O termo evoluiu para os dias atuais, e hoje faz referência a pessoas físicas que possuem não só capital para investir, como também detêm muito conhecimento e expertise no mercado de atuação. Em termos simples, pode-se dizer que é uma ajuda externa para o negócio.
Geralmente, são empresários, executivos ou profissionais liberais bem-sucedidos que já acumularam bagagem e agora estão dispostos a repassar conhecimento, além de capital. Eles não assumem nenhuma posição na gestão da empresa, apenas acompanham as movimentações e compartilham conselhos, materiais, contatos e experiências.
Qual é a função do investidor-anjo?
Como já explicado anteriormente, muito se engana quem acha que o investidor-anjo são pessoas com muito patrimônio e que só vão oferecer esse tipo de investimento em uma startup. Sua principal função é proporcionar viabilidade financeira para que uma empresa ainda no começo possa alavancar os negócios de forma mais rápida e assertiva.
Como o investidor-anjo é uma pessoa que já possui experiência e uma boa noção de mercado, ele vai apoiar com investimentos financeiros sim, mas também com amplo conhecimento, networking, mentoria e conselhos úteis.
Não se pode esquecer que seu papel fica limitado a esses mencionados acima, pois o investidor-anjo não assume nenhum cargo oficialmente na companhia. Muitos empresários que atuam como investidor-anjo já possuem outras modalidades de investimentos e querem diversificar seu portfólio, atuando em um negócio que eles acreditam ter potencial para crescimento.
Qual o papel da empresa que recebe o investimento?
É importante esclarecer que o investidor-anjo não se torna sócio da empresa. Ele recebe ações minoritárias proporcionais ao valor investido. Além disso, o capital investido não é considerado da sociedade. Isso está de acordo com a Lei Complementar 155/2016:
“Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos desta Lei Complementar, poderá admitir o aporte de capital, que não integrará o capital social da empresa.
[…]
§ 5º Para fins de enquadramento da sociedade como microempresa e empresa de pequeno porte, os valores de capital aportado não são considerados receitas da sociedade.”
Como conseguir um investidor-anjo para o negócio?
O investidor-anjo não é um “bom samaritano” que não deseja receber lucros da sua ação. Na verdade, ele investe em companhias estruturadas e com possibilidade de crescimento escalável. Para saber se a sua empresa está pronta para receber um aporte dessa origem, dê atenção à estruturação do negócio e à captação do investimento. Confira algumas dicas importantes abaixo, segundo o portal Anjos do Brasil.
Estruturação do negócio
É preciso analisar como está a saúde da sua empresa e se os processos estão bem organizados, com informações otimizadas. Lembre-se: visto que o investidor não é uma atividade filantrópica, ele não vai querer investir um capital se entender que a companhia não está estruturada para isso.
Entre os pontos analisados pelos investidores estão:
- Faturamento: para receber o investidor-anjo, as empresas devem faturar menos de R$ 1 milhão por ano;
- Inovação: os negócios inovadores e disruptivos são os mais procurados por investidores, seja no produto final, no processo ou no modelo de negócio;
- Escaláveis: o negócio deve ter potencial de crescimento acelerado, mas sem aumentar os custos na mesma proporção com a operação e os recursos;
- Ideia original: ter um modelo de negócio que não seja facilmente copiado pelas correntes é um requisito muito atrativo para os investidores que estão de olho em empresas com potencial de crescimento;
- Tamanho do mercado: os investidores buscam mercados com movimentações financeiras acima de R$ 500 milhões por ano;
- Plano de negócios: é essencial possuir um plano de negócios bem definido. Para isso, certas etapas precisam estar muito bem traçadas, como o desenvolvimento de todo o processo, os recursos necessários e os resultados esperados.
Captação de investimentos
A captação de investimentos ou a busca pelo investidor-anjo só deve começar após a estruturação do negócio. Inicialmente, pode-se pensar em pessoas próximas, mas não há necessidade de se prender a esse grupo. Existem muitos concursos e campanhas que permitem apresentações de negócios. Outro meio interessante é pesquisar pessoas em potencial que podem se interessar e enviar o projeto para análise.
Além disso, é preciso conhecer bem o negócio e ser muito claro com os investidores em potencial. Assim, fale de possíveis problemas e situações desafiadoras. Quanto mais transparente for esse relacionamento, maiores são as chances de sucesso.
Prepare a sua empresa para receber um investidor-anjo
“Arrumar a casa”, por assim dizer, é o primeiro passo para quem deseja receber qualquer tipo de investimento. Esse é o quesito básico no caso do investidor-anjo, afinal, ele precisa entender que todo o seu investimento será retornado em forma de lucro para a empresa.
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