Juros compostos são mais complicados do que os juros simples, mas é importante conhecer seu funcionamento. Eles são aplicados principalmente no mercado financeiro e são decisivos para a rentabilidade de diversas aplicações.
Por outro lado, também podem se tornar vilões do seu bolso quando são aplicados às dívidas, fazendo com que cresçam rapidamente. Para tirar todas as suas dúvidas sobre os juros compostos, continue a leitura.
O que são juros compostos?
Juros compostos são aqueles aplicados sobre o valor inicial devido mais os juros cobrados mês a mês. Ou seja: esse tipo de taxa de juros se acumula mês a mês, em vez de ser cobrado uma única vez sobre uma quantia.
Por essa razão, os juros compostos também são chamados de “juros sobre juros”. Sua principal característica é que o percentual é calculado sobre o montante do período anterior (valor investido ou emprestado + juros mês a mês). Com isso, os juros compostos aumentam de forma exponencial, ou seja, crescem muito mais rápido do que os juros simples.
Onde se aplicam os juros compostos?
Os juros compostos se aplicam principalmente aos investimentos e ao crédito rotativo — linha ativada quando você atrasa o pagamento da fatura do cartão de crédito ou paga um valor parcial. Nos investimentos, é vantajoso ter esse tipo de juros, pois os ganhos com aplicações crescem exponencialmente ao longo do tempo.
Já o crédito rotativo se torna uma situação perigosa para a saúde financeira, pois a dívida cresce muito rápido, gerando o famoso efeito “bola de neve” do endividamento.
Como calcular juros compostos?
Para calcular juros compostos, é preciso considerar que os juros vão ser aplicados sobre o valor da dívida + juros mês a mês. Por exemplo, se você investe um valor de R$ 6 mil com uma rentabilidade de 2% ao mês durante 5 meses, o valor ganho evolui da seguinte forma:
- Primeiro mês: o valor de juros é de R$ 120 (2% de R$ 4 mil)
- Segundo mês: o valor de juros é de R$ 122,40 (2% de R$ 6.120,00)
- Terceiro mês: o valor de juros é de R$ 124,84 (2% de R$ 6.242,40)
- Quarto mês: o valor de juros é de R$ 127,34 (2% de R$ 6.367,24)
- Quinto mês: o valor de juros =é de R$ 129,89 (2% de R$ 6.494,58)
- Total a ser pago: o valor de juros a ser pago é de R$ 624,47.
Logo, com os juros compostos, o ganho total do investimento é de R$ 6.624,47. Se fossem juros simples, o valor seria 10% de R$ 6 mil, totalizando R$ 600 de rentabilidade e chegando a R$ 6,6 mil.
O cálculo também pode ser feito por meio da seguinte fórmula:
- M = C (1 + i)t
- M = montante acumulado, ou seja, o valor total da aplicação
- C = capital investido
- i = taxa de juros
- t = período de tempo.
Viu como é diferente trabalhar com juros compostos em uma aplicação financeira?
Onde investir em juros compostos?
Há vários produtos disponíveis no mercado financeiro que oferecem juros compostos. Veja alguns deles:
- Tesouro Direto: programa do governo que permite investir em títulos públicos federais como Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA
- CDB: Certificado de Depósito Bancário, um investimento de renda fixa oferecido pelos bancos que geralmente tem rentabilidade atrelada ao CDI
- LCI/LCA: Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, investimentos de renda fixa com prazo mais longo e isentos de Imposto de Renda.
Entendeu o que são juros compostos e como investir neles? Agora é só escolher as aplicações mais vantajosas e começar a ganhar mais com esses juros!