A motivação é a melhor amiga da produtividade – e funciona sempre!
Como sabemos, o turnover é natural: nem todas as pessoas que entram em uma companhia ficarão por lá por muito tempo. Algumas sairão porque não se adequaram ao trabalho; outras, porque houve reestruturação em algum setor.
Os motivos para a saída de um funcionário são múltiplos. O esperado, em resumo, é que haja algum fluxo neste sentido.
É importante, porém, que o RH esteja atento: quando a rotatividade alcança níveis muito altos ou a saída se torna acelerada, isso pode ser um indício de que algo não vai bem.
Para contornar os problemas em curso, uma vez que fica evidente para toda a equipe que a companhia está passando por uma situação difícil – e isso, por sua vez, pode engatilhar mais desistências e saídas -, torna-se fundamental cortar o mal pela raiz.
Como fazer isso? Primeiro, é preciso identificar aquilo que não está funcionando. Em alguns casos, isso pode ser bastante evidente.
Em outros, pode ser necessário fazer uma investigação mais profunda, por meio de questionários, conversas privadas com líderes e funcionários, etc.
Não é incomum que, após essa busca, sejam identificados os fatores que têm gerando desconfiança, perda de produtividade e, muito frequentemente, eliminação da motivação individual e coletiva dos funcionários.
A motivação, aproveitando este gancho, é primordial para que o cotidiano transcorra da melhor maneira possível: colaboradores motivados tendem a lidar melhor com as dificuldades do dia a dia, a ser mais tolerantes com as dificuldades dos colegas e, claro, a motivarem os demais. É uma “corrente do bem”, digamos assim.
Isto dito, vamos lá: veja a seguir algumas dicas para motivar a sua equipe e melhorar a produtividade, o bem-estar e a retenção de talentos!
Dicas para motivar a sua equipe
A primeira dica é, de certa forma, bastante simples. Um bom treinamento coletivo, que vise diminuir os atritos na hora da comunicação e a prática de diálogos não-violentos, é um passo e tanto para criar um ambiente de trabalho mais harmônico, respeitoso e com relações mais horizontais.
É importante que a prática da comunicação sem ataques esteja presente no comportamento de pessoas de todos os núcleos e espaços da companhia – de líderes a estagiários, todos devem falar “a mesma língua”.
A ideia não é limitar o que é dito, mas escolher como as coisas são ditas – isso é que faz toda a diferença.
Ofereça benefícios competitivos
No processo de retenção de talentos, saem na frente as companhias que oferecem benefícios competitivos diferenciados.
Um bom vale-refeição, assim como passagem de ônibus ou estacionamento, são necessários, mas não diferenciados.
O que consideramos além da média e verdadeiramente agradável para o colaborador? Bem, depende: muitas empresas têm oferecido benefícios flexíveis, ou seja, que dialogam com aquilo que o profissional deseja e espera. Trata-se de algo bastante personalizado.
Em outros casos, é possível ir com o que não é tão personalizado, mas é seguro – ou seja, com basicamente nenhuma chance de causar insatisfação. Que benefícios são esses?
Um bom plano de saúde, com cobertura expandida e em diversas partes da cidade, é um benefício e tanto. Empresas que se preocupam também com a saúde mental do profissional, oferecendo convênios com espaços de terapia e atividades relaxantes, também ganham pontos.
Cursos de idiomas, auxílio no pagamento de cursos de pós-graduação, viagens de estudos oferecidas pontualmente, congressos e afins também são atraentes.
Por fim, vale pensar no futuro: a previdência privada corporativa é, especialmente desde a Reforma da Previdência, um dos benefícios mais impactantes na vida de um profissional.
Abra espaços de diálogo e feedback
Por fim, é preciso compreender que hierarquia não significa soberania, tampouco arrogância.
Empresas que não estimulam os colaboradores a falar sobre aquilo que está incomodando, não criam espaços onde é possível fazer feedbacks ou não promovem pesquisas, questionários e similares estão, na verdade, fechando os olhos para aquilo que está acontecendo (e para o que pode vir a acontecer).
Ninguém deseja estar em um espaço onde a sua opinião não é levada em consideração. Da mesma forma, estar em uma empresa onde não há debate ou discussão sobre trabalhos coletivos é terrivelmente desestimulante.
Assim, com o passar do tempo, é natural que este indivíduo comece a procurar lugares mais adequados às suas perspectivas (e, obviamente, onde ele se sinta mais “abraçado” pelos colegas e superiores).